quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Violinista no metrô (um conto de experimento social)



Um homem sentou-se em uma estação do metrô em Washington e começou a tocar violino. Era uma manhã fria de janeiro. Ele tocou seis composições de Bach por cerca de 45 minutos. Durante esse tempo, como era a hora do rush, cerca de 1.100 pessoas passaram pela estação, a maioria delas a caminho do trabalho.

Três minutos se passaram e um homem de meia idade notou que havia um músico tocando. Ele desacelerou o passo e parou por alguns segundos, para depois apressar-se novamente para cumprir suas tarefas.

Um minuto depois, o violinista recebeu sua primeira gorjeta: uma mulher jogou dinheiro na caixa do violino sem parar de andar.

Alguns minutos depois, um homem se encostou na parede para ouvi-lo tocar, mas, após olhar o relógio, voltou a andar novamente. Claramente estava atrasado para o trabalho.

O que prestou mais atenção foi um menino de 3 anos de idade. Sua mãe o chamou, com pressa, mas a criança parou para olhar o violinista. Finalmente, a mãe o puxou com força, e a criança continuou a andar, virando a cabeça durante todo o tempo. Essa ação foi repetida por várias outras crianças. Todos os pais, sem exceção, as forçaram a continuar andando.

Durante os 45 minutos em que o músico tocou, somente 6 pessoas pararam e ficaram por alguns instantes. Cerca de 20 pessoas lhe deram dinheiro, mas continuaram andando em seu ritmo normal. Ele coletou 32 dólares. Quando terminou de tocar e o silêncio predominou, ninguém notou sua ausência. Ninguém aplaudiu, ou lhe prestou algum tipo de reconhecimento.

Ninguém sabia disso, mas o violinista era Joshua Bell, um dos mais talentosos músicos do mundo. Ele acabara de tocar uma das composições mais intrincadas e complexas já escritas, em um violino que valia 3,5 milhões de dólares.

Dois dias antes de tocar no metrô, Joshua Bell apresentou-se em um teatro em Boston, onde o preço médio dos ingressos -- que esgotaram-se todos -- era de 100 dólares.

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