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quinta-feira, 29 de março de 2012

Paolo Cugini comenta a teoria sobre o "amor líquido" de Zygmunt Bauman


"Percebemos que novos atores estão passando no palanque da história, mas não conseguimos detectá-los, tão rápida é a passagem deles." FLUXO, MOVIMENTO LATERAL, PASSAGENS

"As preocupações mais intensas e obstinadas que assombram este tipo de vida são os temores de ser pego tirando uma soneca, não conseguir acompanhar a rapidez dos eventos, ficar para trás, deixar passar as datas de vencimento, ficar sobrecarregado de bens agora indesejáveis, perder o momento que pede mudança e mudar de rumo antes de tomar o caminho de volta (bauman, 2005b, p.9)." LINDO. Podia ser texto

"A sociedade líquida não desceu do céu, não se produziu do nada, improvisadamente, mas foi o fruto maduro do desmoronamento da modernidade, ou seja, do processo do derretimento dos sólidos formados e elaborados na modernidade." (Repare que Neon é um gás. O que dá o efeito fluorecente na luz é a retificação do ar líquido. POÉTICO! Nosso edifício em plongê, o prédio desabando, tá tudo ai.)

"No mundo fluido onde os valores são de natureza cambiante e as regras instáveis, o máximo que deve ser feito nos relacionamentos afetivos é reduzir riscos, evitar a perda de opções que se traduz na capacidade de terminar quando se deseje." (A forma de "amor"que tem aparecido nas composições)

“Como escapar à dor e a humilhação? A forma natural é matar ou humilhar seu algoz ou benfeitor. Ou encontrar outra pessoa mais fraca para triunfar sobre ela” (bauman, 2003, p. 110)." (A árvore, o touro, a derrubada)

“E os fluidos são assim chamados porque não conseguem manter uma forma por muito tempo e, ao menos que sejam derramados num recipiente apertado, continuam mudando de forma sob a influência até mesmo das menores forças” (bauman, 2005c p. 57)."

"Permanecer fixo, com uma identidade fixa, neste mundo rápido e fluido, não é aconselhável. A liquidez exige dos indivíduos a capacidade de não se deixar identificar. Quem é identificado, é perdido."


- Esses trechos foram destacados pela Susana! Eu e ela estamos estudando, ou melhor, tentando compreender a nova face de modernidade que estamos vivendo. O Bauman ainda fala sobre pós-modernidade. Outros teóricos, transgridem o termo e vão falar em hipermodernidade. Como se a "pós" nunca, de fato, tivesse existido. Ou seja, o que foi chamado de "pós" é hoje visto como uma passagem para a "hiper". Na hipermodernidade, os valores da modernidade são revistos, mas não ignorados. Uma outra face da modernidade se revela. Acreditamos que beber um pouco nessas teorias e teóricos maravilhosos possa ajudar a "compreender"  a trajetória temática que estamos vivenciando na construção deste espetáculo. Posto aqui no blog, pois esses trechos foram muito valiosos para eu me reapropriar dos materiais, buscando, sempre, uma nova visão e compreensão deles. Espero que também possa servir para vocês. Para clarear a mente e dar mais vibração ao corpo.

ps: as partes em negrito são comentários ou grifos da Su.
ps2: quem quiser ler o artigo completo, manda um email que a gente envia!

divirtam-se.

terça-feira, 27 de março de 2012

Em busca de uma base


Casal.Corpo.Relação.Dinheiro.Poder.Desespero.Abandono.Solidão.
Ausência.Competição.Disputa.Quebra.Ascensão.Dominação.Dor.
Saudade.Fracasso.Exposição.Falência.Perda.Carência.Vencedor.
Construção.Obsessão.Vazio.Convívio.Distância.Acaso.Encontro.Tátil

filtro das palavras de hoje.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Secretariat - The Ultimate Racehorse

Esse vídeo mostra algumas imagens antigas de corrida (em p&b). Acho que pode ser um material legal para a Susana...


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Um diálogo.



Cacá e Gunnar. Gostaria que vocês dois pudessem aprofundar a tímida relação que foi apresentada no sistema. Me interesso muito por este diálogo que tirei do vídeo e colo aqui para vocês. O Be gostou muito daquela relação e pensa em momentos de abuso e disputa de força entre vocês dois. Masculino X feminino, poder... e por aí vai.

Vamos tentar?

No vídeo de 2:32 até 4:37.

segue:


Ela: No que está pensando sentado aqui sozinho?

Ele: É a nossa última noite juntos e, finalmente, vai ser livrar de mim.

Ela: É... foi duro conviver com você.

Ele: Meu negócio está quase terminado e eu tenho que voltar para NY. Gostaria muito de vê-la de novo.

Ela:  Gostaria?

Ele: Sim. Sim, gostaria. Já aluguei um apartamento pra você. Você vai ter um carro e vai ter também muitas lojas que vão bajular você a qualquer hora que for fazer compras. Está tudo pronto.

Ela: E o que mais? Vai deixar algum dinheiro na cama quando passar pela cidade?

Ele: (Vivian) realmente não seria assim.

Ela: E como seria?

Ele: Bom, por um lado não estaria mais nas ruas. 

Ela: Isso é pura geografia.

Ele: (Vivian) o que você quer? O que acha que está havendo entre a gente?

Ela: Eu não sei... Quando eu era uma garotinha minha mãe costumava me trancar no sótão quando eu era levada e eu era sempre. E, então, eu fingia que era uma princesa presa numa torre por uma rainha malvada e, de repente, um cavaleiro num cavalo branco com todas aquelas cores brilhantes aparecia na minha janela e levantava a espada...e eu acenava....e ele subia na torre...e me salvava. Mas nunca em todo tempo que eu tinha esse sonho o cavaleiro me dizia: "vem benzinho, eu vou botar você num belo apê"

fim. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

“No dia em que exércitos inimigos possam aniquilar-se em um segundo, todas as nações civilizadas — ao menos é de se esperar — evitarão a guerra e desmobilizarão seus soldados [...]"

Alfred Nobel, o gênio autodidata, criador do Prêmio Nobel, nasceu em 1833, numa década de efervescência tecno-científica, mas em plena crise familiar.

Quatro anos depois, a família Nobel muda-se para São Petersburgo, na Rússia, e monta uma pequena metalúrgica. Prospera, então, fabricando minas submarinas, graças, sobretudo, à sociedade com um general influente e às gigantescas encomendas recebidas durante a guerra da Criméia — 1854/1856. Terminada a guerra, acabam as encomendas e os Nobel vão à falência pela segunda vez. Alfred estava com 26 anos. Não recebera educação formal, freqüentou apenas o primeiro ano do primário numa escola paroquial, na sua Suécia natal. Mas, com o auxilio de excelentes professores particulares, estudando em casa, tornou-se excepcionalmente bem-preparado. Falava fluentemente sueco, russo, inglês, francês e alemão, sendo atraído pela literatura e pela filosofia. Quando a situação financeira de seu pai era favorável, viajou pelo mundo durante dois anos. Conheceu os Estados Unidos e, sobretudo, Paris, onde fez estágios em diversos laboratórios de química. Interessou-se desde cedo por explosivos e, já em 1863, requereu sua primeira patente importante: um detonador de percussão conhecido como processo Nobel.

A patente foi obtida na Suécia, para onde parte da família voltara, na tentativa de relançar os negócios em novas bases, depois da falência na Rússia. Instalados na pequena localidade de Helensburgo, nas vizinhanças de Estocolmo, Alfred, o irmão caçula Emil e o pai começaram a fabricar nitroglicerina. Essa substância, preparada pela primeira vez em 1846 pelo italiano Ascanio Sobrero, tem uma fórmula aparentemente muito simples: certa quantidade de glicerina adicionada a uma mistura de ácido nítrico e ácido sulfúrico. Mas sua preparação é extremamente arriscada. Qualquer choque ou uma alteração brusca de temperatura provocam violenta explosão.Foi assim que, em 1864, mal começara a produção dos Nobel, a fábrica foi pelos ares, matando Emil, o irmão caçula, e quatro homens. Semanas mais tarde, o velho pai sofreu um derrame do qual nunca se recuperou.

Alfred, no entanto, não se deixou abater. Conseguiu um sócio e voltou a fabricar nitroglicerina. Os negócios prosperaram rapidamente. Mudou-se para Hamburgo, de onde dirigia os negócios da firma enquanto prosseguia suas pesquisas. Os riscos de acidentes continuaram elevados até 1867, quando teve a idéia de misturar à nitroglicerina uma substância inerte, na esperança de evitar explosões acidentais. Deu certo. A nova mistura, denominada dinamite, iria revolucionar a técnica da explosão de minas, a construção de estradas e a sorte das guerras. Além de trazer rios de dinheiro à empresa de Alfred Nobel. Como se tudo isso não bastasse, a sorte também favorecia os negócios de Ludovic e Robert, os dois irmãos que haviam permanecido na Rússia depois da segunda falência familiar. Alfred, já multimilionário com suas fábricas de dinamite, tornou-se um dos primeiros magnatas do petróleo.

Mas nunca foi feliz. Sua vida sentimental, ao que tudo indica, permaneceu um deserto. Em 1876, pôs num jornal austríaco um anúncio no qual “um senhor de certa idade, rico e muito instruído, residente em Paris”, dizia procurar “mulher experiente e de certa classe, que conheça línguas estrangeiras, para Ihe servir de secretária e dama de companhia”. Respondeu a esse anúncio a condessa Bertha Kinski von Chinic und Tettau, descendente de uma família arruinada da aristocracia austríaca. Falava alemão, francês, inglês e italiano e, aos 33 anos, sua beleza era fora do comum. Mas não teve sorte. Uma semana depois do primeiro encontro, Alfred partiu em viagem e a condessa fugiu para se casar com seu namorado.

Foi por influência de Bertha, pacifista convicta, que Nobel incluiu no seu testamento um prêmio dedicado à paz, com o qual a própria condessa foi agraciada, em 1905. Pessoalmente, ele não tinha muitas ilusões quanto a esse tipo de iniciativa. Foi um dos primeiros a admitir a teoria do equilíbrio do terror. Escreveu a Bertha:

“No dia em que exércitos inimigos possam aniquilar-se em um segundo, todas as nações civilizadas — ao menos é de se esperar — evitarão a guerra e desmobilizarão seus soldados. Por isso, minhas fábricas podem pôr termo à guerra mais rapidamente que seus congressos pela paz”.

 Alfred Nobel sofria de acessos lancinantes de dor de cabeça, que atribuía ao contato com a nitroglicerina e, a partir dos 50 anos, de crises cada vez mais freqüentes de angina do peito. Além disso, em 1891, viu-se expulso da França, onde residira durante dezessete anos, acusado de espionagem industrial em favor da Itália. Perde, também, um processo nos tribunais ingleses referente a uma valiosíssima patente de um tipo de pólvora sem fumaça. É em San Remo que ele vem a falecer. Como sempre temera, morreu cercado apenas por seus empregados, sem nenhum parente ou amigo, às 2 horas da madrugada de 10 de dezembro de 1896. Um ano antes, assinara a terceira e última versão de seu testamento, dispondo que os rendimentos dos 31 milhões de coroas suecas de sua fortuna deveriam ser “distribuídos anualmente às pessoas que mais benefícios houvessem prestado à Humanidade”.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Cavalos falsos



Maravilhosas marionetes construídas para a peça britânica "War Horse". O mais interessante (mais ou menos a partir de 03'55") é o estudo feito acerca da movimentação, da postura e do comportamento dos cavalos, com o intento de traduzir essas formas e padrões a partir de materiais pré-fabricados, inorgânicos, antinaturais.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

domingo, 18 de dezembro de 2011