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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Diálogo da peça: A procura de emprego- Michel Vinaver

(Wallace: Diretor de recursos humanos da CIVA/ Fage: Desempregado/ possível candidato a CIVA)

Wallace: A sua mulher o acompanha?

Fage: Raramente ela esquia um pouquinho não muito

Wallace: Eu não faço muito esqui de pistas mas passeios

Fage: Nós também fazemos verdadeiras façanhas passar a noite nos refúgios dias inteiros na total ah eu o levaria com prazer conheço trilhas que poucos conhecem

Wallace: Descobri no ano passado alguns recantos quem sabe não teremos a oportunidade mas para o senhor é uma verdadeira paixão

Fage: Quando se leva uma vida como a minha

Wallace: Acelerada

Fage: O esqui é uma ruptura com tudo o que é confuso e mesquinho é se libertar da gravidade voar penetrar-se no desconhecido controlamos todos os músculos há uma espécie de harmonia entre a imensidão que nos envolve e o interior do corpo e é a minha filha com ela nos esquis somos unidos formamos uma dupla célebre em Courchevel ah o Fage e a filha dele

Wallace: A que hora costuma acordar?

Fage: Cedo estou de pé entre cinco e seis

Wallace: O que faz entre o momento que se levanta e o momento em que sai para o escritório?

Fage: Desculpe mas não estou entendendo

Wallace: Sou eu que me desculpo se a minha pergunta não foi clara

Fage: Tomo um banho

Wallace: Muito bom quente?

Fage: Morno debaixo do chuveiro recapitulo tudo o que vou ter que fazer durante o dia

Wallace: Fica muito tempo debaixo do chuveiro?

Fage:Estou esquecendo na verdade antes de tomar banho

Wallace: Ah

Fage: Claro faço ginástica começo pela saudação ao sol é um movimento de ioga muito simples que permite desabrochar uma maneira de tomar o impulso do dia

Wallace: Antes de se barbear?

Fage: Não consigo fazer a barba antes de minha xícara de café

Wallace: O senhor pratica ioga?

Fage: Encontrei esse movimento num programa de TV achei curioso experimentei

Wallace: Estávamos no banho

Fage: Desculpe no banho muitas vezes eu descubro a solução de meus problemas as decisões irrompem chego a esquecer o tempo isso até que um escarcéu na porta me traga de volta e é a minha filha Nathalie querendo usar o banheiro antes de ir à escola

Wallace: Se esse Mulawa quiser casar com a sua filha?

Fage: Nathalie tem dezesseis anos e aliás ela não quer saber de casamento nem de aborto.

Wallace: E o senhor?

Fage: Tem filhos o senhor?

Wallace: Se o pai fosse branco

Fage: E talvez pense que eu sou racista?

Wallace: É interessante no seu caso essa passividade assim como se deixou reduzir a pó na empresa do Bergognan

Fage: Como?

Wallace: Eles lhe pediram para baixar as calças e depois para andar de quatro com  a bunda empinada e foi o que o senhor fez

Fage: Como?

Wallace: Sou eu quem lhe pergunto não foi por covardia congênita até pode se dizer que o senhor tem uma personalidade corajosa foi a necessidade de se sentir protegido o senhor tem alguma coisa infantil

Fage: Eu lhe asseguro que fiquei aliviado quando acabou

Wallace: Exatamente deixou que eles fizessem o que o senhor sabia que devia fazer mas não ousava fazer  o senhor se aliviou como bem disse

Fage: Esses rapazes que recrutei formei com eles eu tinha uma responsabilidade

Wallace: E o senhor tenta encontrar na sua noção de dever um álibi para a sua covardia o que aliás duplica a covardia

Fage: Senhor eu tenho um outro encontro

Wallace: Sente-se

Fage: Engula suas palavras

Wallace: Vamos quieto

Fage: Você também cala a sua boca

Wallace: Bem estou anotando suas diferentes reações capacidade de aguentar golpes controle sobre si arroubo de dignidade



domingo, 12 de fevereiro de 2012

Depoimento da Austrália

É uma coisa muito pessoal. Mas tirando essa coisa pessoal, de que eu não tenho dinheiro, eu gostaria, sabe de que? De ir à Austrália, visitar uma tia do meu bisavô que mora lá. Ela é da família Kalil Zaka, e eu sei que ela é viva. Ela deve ser minha bisavó. Porque aqui no Brasil eu não tenho nenhum parente. Meu bisavô veio da Alemanha quando estorou a primei... Segu... Primeira Guerra Mundial e se estabeleceu em Petrópolis. De Petrópolis, ficou, aí rompeu a Segunda Guerra Mundial. Mandou vir a família de navio, de porão, já pensou que sofrimento? Mas essa minha tia não quis vir, porque estava casada com um judeu, foi pra Austrália. Eu sou tão orgulhosa da minha família. E eu sei exatamente onde o meu bisavô nasceu na Alemanha. Se eu tivesse dinheiro eu ia pra lá, porque lá tá a certidão de óbito dele.

- Moça! Moçça! Você não pode comprar uma comida pra ela comer não?! Não quero dinheiro não...

Pega alí ó! Psiu! Pega alí! Mundo Verde.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Boa Vida



Duas senhoras dinamarquesas - mãe e filha - residem no ensolarado litoral português. Durante suas vidas, elas tiveram dinheiro suficiente para viver a boa vida: trabalho zero combinado a todo o tipo de prazer. Mas elas têm um problema: a fortuna acabou.

A Boa Vida é um documentário sobre como ser pobre quando você está acostumado a ser rico. Através dessa história simples, o filme desdobra um complexo conto sobre o inevitável destino de um família, sobre status e dinheiro, sobre eventos cruciais na história europeia, e sobre uma menina que cresceu acreditando que dinheiro cresce em árvores.

"Você não me preparou para nada disso. Eu fui criada para herdar montanhas de dinheiro, e elas não estão aqui."

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lenda Carioca- o homem que soube morrer


“Se me oferecessem 1 bilhão de dólares para trabalhar das dez da manhã às dez da noite, eu preferiria ficar pobre.”

Jorginho Guinle

Jorginho Guinle morre no Rio

Ao saber que estava com um aneurisma na aorta abdominal, o maior playboy brasileiro pediu para deixar o hospital e foi morrer no Copacabana Palace.

   Morreu às 4h30 da manhã, aos 88 anos, Jorginho Guinle, no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, onde estava hospedado desde ontem (Sexta-feira, 5 de Março de 2004). Ele foi internado na sexta-feita, num hospital em Ipanema, com aneurisma na aorta abdominal, que estava em expansão. Morrer no hotel foi o último desejo daquele que era considerado o último playboy brasileiro. Para deixar o hospital Guinleo assinou um termo de responsabilidade se recusando a ser submetido a uma cirurgia. Guinle vinha da família responsável pela construção do Hotel Copacabana Palace, um dos mais luxuosos do Rio de Janeiro.

Além de ter sido um dos playboys mais famosos da história, Jorginho era um grande estudioso de jazz e, em 1953, publicou Jazz Panorama, o primeiro livro sobre jazz escrito no Brasil. Reeditado pela José Olympio, o livro está nas livrarias. Anos depois, em 1997, publicou Um século de boa vida, contendo suas memórias, mas está esgotado.

Em vida, ele se gabava de ter seduzido as atrizes Marilyn Monroe, Rita Hayworth, Romy Schneider.

Ao morrer, ele estava acompanhado de enfermeiros e funcionários, e morreu dormindo. O corpo será velado no cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde será enterrado.

Jorginho Guinle morreu na suíte 153, que foi cedida a ele pelo hotel, atendendo ao seu último desejo. Durante muito tempo Jorginho morou no Copacabana Palace.


Símbolo do playboy culto, requintado e bem relacionado - O ex-milionário Jorginho Guinle foi um símbolo do refinamento e um dos primeiros divulgadores do Rio no exterior. O homem mais incensado pela sociedade carioca, especialmente nas décadas de 30, 40 e 50, calculava ter gasto cerca de US$ 20 milhões em viagens, festas e presentes para belas mulheres e para as atrizes mais cobiçadas de Hollywood. Era considerado um playboy na melhor essência do termo, ou seja, um homem culto, requintado, bem relacionado e que se orgulhava de nunca ter trabalhado na vida.

No Copacabana Palace, hotel que o seu tio construiu, em 1923, e que freqüentava desde os 7 anos de idade, ele chegou por volta das 14 horas de quinta-feira, para sua última estadia. Foi recebido com flores e frutas e um milk-shake de baunilha com calda de caramelo,
especialidade que ele costumava pedir ao maitre Ronaldo. Foi hospedado em uma suíte de frente para a piscina, no anexo do hotel, cuja diária custa R$ 1.300,00.

Segundo a relações-públicas do hotel, Cláudia Fialho, amiga dele há 20 anos, Jorginho estava sem muito apetite. Ainda assim, almoçou estrogonofe de frango e depois comeu sorvete de framboesa. À noite, foi servido um chá, em louça inglesa. Ele assistiu a um documentário sobre o jazzista Benny Goodman e, mais tarde, à novela Chocolate com Pimenta. Ao sair do hospital e saber que ia para o hotel, disse: "agora eu vou para o céu. Vou para o Copacabana Palace".

O amigo Mariozinho de Oliveira contou que o amigo sabia que a morte estava próxima.
Os médicos disseram que a chance dele sobreviver à cirurgia era de apenas 1%. Ele estava muito mal. Sabia que ia morrer e queria morrer. Há dois meses, ele havia passado por uma operação de urgência para colocar uma prótese na aorta. Desde então, ele estava abatido, se alimentando e bebendo pouco, contou Mariozinho, que fazia parte do Clube dos Cafajestes, grupo de playboys dos anos 50 que reuniu nomes como João Saldanha, Fernando Lobo, Paulo Soledade e Carlinhos Niemeyer.

Seu primo Eduardo Guinle, disse que ele fez um trabalho fundamental: divulgou a
imagem do Rio no exterior.
O Jorge foi um dos grandes responsáveis pela internacionalização da cidade, pois viajava muito e convidava muitos artistas para vir aqui, disse ontem Guinle, observando que, com a morte do primo, morre também uma parte importante da cidade. Ele foi um dos últimos símbolos de charme, elegância e educação de um Rio mais tranqüilo, mais
civilizado. Ele amou o Rio tanto quanto as mulheres que teve
.

Eduardo contou que o fato de ter gasto toda a sua fortuna e viver, nos
últimos anos, de favor na casa de amigos não incomodou Jorginho. Ele nunca conjugou o verbo trabalhar. Mas isso não o incomodava. Tinha muitos amigos e continuava almoçando e jantando no Copacabana Palace, a convite da administração do hotel. Ele soube aproveitar muito bem a vida e teve uma vida tranqüila no final, contou, acrescentando que, atualmente, ele estava morando na casa da terceira mulher, Maria Helena Guinle, em Copacabana.

No ano passado, passou três meses hospedado na casa da socialite Ruth de Almeida Prado. Muito resfriada, ela não pôde ir ao enterro por causa do risco de uma pneumonia e falou pouco sobre o amigo.
Ele já dizia que preferia morrer. Por isso não quis operar. Acho que para ele foi a melhor solução, pois os riscos eram muito grandes. Além disso, tem uma hora que você já está cansado mesmo. Ele adorava muito a vida, mas não tinha nada contra a morte, revelou ontem Ruth.

Ele contava com a solidariedade também de Olavo Monteiro de Carvalho, do grupo Monteiro Aranha.



A família Monteiro de Carvalho perde um grande amigo, o mais antigo e próximo de meu tio Baby. E com ele se perde uma das últimas lembranças da vida do Rio como uma capital internacional do charme, da classe e do glamour que ele ajudava a promover em torno do Copacabana Palace, do Cassino da Urca e de toda vida cultural e artística da cidade de sua época, disse Carvalho.





Em Copacabana, no século passado, Jorge Guinle herdou dos pais US$ 100 milhões, o que, naquela época, corresponderia a, hoje, US$ 2 bilhões.


Conseguiu ficar pobre, sem um tostão. Mas gastou tudo numa vida ótima, uma badalação ininterrupta de festas luxuosas, viagens pelo mundo, presentes e mulheres fabulosas.


Sobre a fortuna que herdou, Jorginho admitiu que não soube administrar bem.


“Não imaginava que viveria tanto. Daí, calculei mal e o dinheiro acabou antes da hora.”

Quando morreu, ganhou a primeira página do New York Times.



domingo, 29 de janeiro de 2012

“No dia em que exércitos inimigos possam aniquilar-se em um segundo, todas as nações civilizadas — ao menos é de se esperar — evitarão a guerra e desmobilizarão seus soldados [...]"

Alfred Nobel, o gênio autodidata, criador do Prêmio Nobel, nasceu em 1833, numa década de efervescência tecno-científica, mas em plena crise familiar.

Quatro anos depois, a família Nobel muda-se para São Petersburgo, na Rússia, e monta uma pequena metalúrgica. Prospera, então, fabricando minas submarinas, graças, sobretudo, à sociedade com um general influente e às gigantescas encomendas recebidas durante a guerra da Criméia — 1854/1856. Terminada a guerra, acabam as encomendas e os Nobel vão à falência pela segunda vez. Alfred estava com 26 anos. Não recebera educação formal, freqüentou apenas o primeiro ano do primário numa escola paroquial, na sua Suécia natal. Mas, com o auxilio de excelentes professores particulares, estudando em casa, tornou-se excepcionalmente bem-preparado. Falava fluentemente sueco, russo, inglês, francês e alemão, sendo atraído pela literatura e pela filosofia. Quando a situação financeira de seu pai era favorável, viajou pelo mundo durante dois anos. Conheceu os Estados Unidos e, sobretudo, Paris, onde fez estágios em diversos laboratórios de química. Interessou-se desde cedo por explosivos e, já em 1863, requereu sua primeira patente importante: um detonador de percussão conhecido como processo Nobel.

A patente foi obtida na Suécia, para onde parte da família voltara, na tentativa de relançar os negócios em novas bases, depois da falência na Rússia. Instalados na pequena localidade de Helensburgo, nas vizinhanças de Estocolmo, Alfred, o irmão caçula Emil e o pai começaram a fabricar nitroglicerina. Essa substância, preparada pela primeira vez em 1846 pelo italiano Ascanio Sobrero, tem uma fórmula aparentemente muito simples: certa quantidade de glicerina adicionada a uma mistura de ácido nítrico e ácido sulfúrico. Mas sua preparação é extremamente arriscada. Qualquer choque ou uma alteração brusca de temperatura provocam violenta explosão.Foi assim que, em 1864, mal começara a produção dos Nobel, a fábrica foi pelos ares, matando Emil, o irmão caçula, e quatro homens. Semanas mais tarde, o velho pai sofreu um derrame do qual nunca se recuperou.

Alfred, no entanto, não se deixou abater. Conseguiu um sócio e voltou a fabricar nitroglicerina. Os negócios prosperaram rapidamente. Mudou-se para Hamburgo, de onde dirigia os negócios da firma enquanto prosseguia suas pesquisas. Os riscos de acidentes continuaram elevados até 1867, quando teve a idéia de misturar à nitroglicerina uma substância inerte, na esperança de evitar explosões acidentais. Deu certo. A nova mistura, denominada dinamite, iria revolucionar a técnica da explosão de minas, a construção de estradas e a sorte das guerras. Além de trazer rios de dinheiro à empresa de Alfred Nobel. Como se tudo isso não bastasse, a sorte também favorecia os negócios de Ludovic e Robert, os dois irmãos que haviam permanecido na Rússia depois da segunda falência familiar. Alfred, já multimilionário com suas fábricas de dinamite, tornou-se um dos primeiros magnatas do petróleo.

Mas nunca foi feliz. Sua vida sentimental, ao que tudo indica, permaneceu um deserto. Em 1876, pôs num jornal austríaco um anúncio no qual “um senhor de certa idade, rico e muito instruído, residente em Paris”, dizia procurar “mulher experiente e de certa classe, que conheça línguas estrangeiras, para Ihe servir de secretária e dama de companhia”. Respondeu a esse anúncio a condessa Bertha Kinski von Chinic und Tettau, descendente de uma família arruinada da aristocracia austríaca. Falava alemão, francês, inglês e italiano e, aos 33 anos, sua beleza era fora do comum. Mas não teve sorte. Uma semana depois do primeiro encontro, Alfred partiu em viagem e a condessa fugiu para se casar com seu namorado.

Foi por influência de Bertha, pacifista convicta, que Nobel incluiu no seu testamento um prêmio dedicado à paz, com o qual a própria condessa foi agraciada, em 1905. Pessoalmente, ele não tinha muitas ilusões quanto a esse tipo de iniciativa. Foi um dos primeiros a admitir a teoria do equilíbrio do terror. Escreveu a Bertha:

“No dia em que exércitos inimigos possam aniquilar-se em um segundo, todas as nações civilizadas — ao menos é de se esperar — evitarão a guerra e desmobilizarão seus soldados. Por isso, minhas fábricas podem pôr termo à guerra mais rapidamente que seus congressos pela paz”.

 Alfred Nobel sofria de acessos lancinantes de dor de cabeça, que atribuía ao contato com a nitroglicerina e, a partir dos 50 anos, de crises cada vez mais freqüentes de angina do peito. Além disso, em 1891, viu-se expulso da França, onde residira durante dezessete anos, acusado de espionagem industrial em favor da Itália. Perde, também, um processo nos tribunais ingleses referente a uma valiosíssima patente de um tipo de pólvora sem fumaça. É em San Remo que ele vem a falecer. Como sempre temera, morreu cercado apenas por seus empregados, sem nenhum parente ou amigo, às 2 horas da madrugada de 10 de dezembro de 1896. Um ano antes, assinara a terceira e última versão de seu testamento, dispondo que os rendimentos dos 31 milhões de coroas suecas de sua fortuna deveriam ser “distribuídos anualmente às pessoas que mais benefícios houvessem prestado à Humanidade”.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Cavalo de Balanço Vencedor

Um trecho e o resumo do conto O Cavalo de Balanço Vencedor, de D H Lawrence. Dá pra ler na íntegra aqui.



"Desta forma a casa veio a ser perseguida pela frase tácita: É necessário mais dinheiro! É necessário mais dinheiro! As crianças ouviam-na a todo o momento, muito embora ninguém a dissesse em voz alta. Ouviam-na pelo Natal, quando o seu quarto se encontrava cheio de brinquedos dispendiosos e esplêndidos. Por detrás do reluzente cavalo de baloiço moderno, por detrás da primorosa casa das bonecas, uma voz começava a murmurar: "É necessário mais dinheiro! É necessário mais dinheiro"! E as crianças paravam então de brincar, para escutarem por um momento. Fitavam os olhos umas nas outras para ver se todas tinham ouvido. E cada uma via nos olhos das outras duas que também elas tinham ouvido: É necessário mais dinheiro! É necessário mais dinheiro"!

RESUMO

"Retrata a obsessão de um rapaz com a sorte e como ele pode trazer dinheiro para sua família. Acostumada a luxo, os pais de Paul (nome do menino) vive acima das suas possibilidades, contraindo dívidas e colocar enorme pressão sobre eles para ganhar mais. A mãe dele é infeliz, acreditando que suas dificuldades financeiras devido ao fato de que ela se casou com um homem sem sorte. Seu desespero silencioso é transmitido a seus filhos, especialmente Paul, que fica resolvida a sorte de encontrar, por qualquer meio. Sua casa em si, parece absorver seus pensamentos, ampliando-as e atormentando Paulo e suas duas irmãs por sua "sussurrar" constante. Paul descobre que montando o seu cavalo de baloiço que pudesse "conhecer" o vencedor de uma corrida de cavalos. Ele confessa o seu segredo para Basset, o jardineiro, e mais tarde ao seu tio Oscar Cresswell, que está convencido de que as previsões do menino dos vencedores vir a passar. Paulo partes secretamente parte dos seus ganhos com sua mãe, fazendo parecer que alguém tinha presenteou-lhe com £ 5.000. Mas ao invés de parar, as vozes na casa em silêncio gritar por mais dinheiro. Para acalmá-los, Paul tenta conhecer os vencedores das próximas corridas, mas não conseguia, e ele fica desesperado dia a dia. Ele monta seu cavalo de baloiço em freneis até que uma noite sua mãe o encontra sozinho em seu quarto. Paulo entra em colapso e entra em coma, gritando o nome do vencedor do Derby, Malabar, que é uma grande desvantagem. Seu tio e fazer apostas Basset grande sobre o cavalo, que ganha de fato. Trazem Paulo a boa notícia: ele já ganhou alguns £ 80.000. O menino exulta de seu delírio, mas mais tarde naquela noite, ele morre. Dinheiro ou o desejo por ela, encontra-se no tema desta história. pais de Paul são amaldiçoados com a necessidade permanente de manter seu estilo de vida caro. Hester, mãe de Paulo, não está contente ao receber a carta informando-a do dom de £ 5.000 a serem pagos em prestações no prazo de cinco anos - ela quer todo o lote de uma só vez. Mas a "casa" em si não está satisfeito: ele se torna mais voraz do que nunca. O autor pode ter usado o elemento sobrenatural nesta história para adicionar à tensão, a emoção, para criar o clima de tensão que se acumula ao clímax assustador. Quase todo mundo sonha de ganhar uma fortuna. Tal sonho se torna uma obsessão quando se é confrontado com a falência, ou processos, ou ter que manter as aparências. O cavalo de balanço de madeira simboliza a inocência de uma criança e sua crença inabalável na magia e maravilhas. Paulo poderia, assim, ter fé em seu cavalo de baloiço, pedindo-lhe para realizar uma façanha que seria imprudente de pedir a uma pessoa real. O desejo insaciável de riqueza tem uma forte influência na forma como os homens vivem. Mais frequentemente, leva-los na estrada para a perdição. A Winner Rocking-Horse mostra como tal atitude poderia desencadear forças negativas em uma casa e desenvolver os misteriosos poderes de uma criança, preocupado com a "sussurrar" constante da casa, para encontrar o dinheiro por querer."