quarta-feira, 16 de maio de 2012

Para refletir sobre: para todos:

“O sujeito radicante apresenta-se, assim,como uma construção, uma montagem: e, em outras palavras, uma obra, nascida de uma negociação infinita” (p.54)

“Isso pode signifcar também o traçado de uma errância calculada...” (p.55)

“A errância, na função de princípio formal de composição, remete a uma concepção do espaço-tempo que se inscreve contra a linearidade e, ao mesmo tempo, contra a planeza” (p.101)


“Para designar a nova figura do artista, forjei o termo semionauta: o criador de percursos dentro de uma paisagem de signos. Habitantes de um mundo fragmentado, no qual os objetos e as formas saem do leito de sua cultura orginal e vão se disseminar no espaço global, eles ou elas erram em busca de conexões a ser estabelecidas. Indígenas de um território sem limites a priori, encontram-se na posição do caçador coletor de outrora, do nômade que produz seu universo percorrendo incansavelmente o espaço” (p.102)

“...a obra de arte não é mais um objeto “terminal”, e sim um mero instante em uma cadeia, o ponto de acolchoamento que amarra, com maior ou menos firmeza, os diferentes episódios de uma trajetória.” (p.106)

“A forma-trajeto defini-se primeiramente pelo excesso de informações, que obriga o espectador a entrar em certa dinâmica e construir um percurso pessoal” (p.117)

“A forma-trajeto, mesmo que expresse uma trajetória, põe em crise a linearidade ao injetar tempo no espaço e espaço no tempo” (p.122)

“Lógica das conexões: nessas obras, cada elemento utilizado vale por sua capacidade de modificar a forma do outro” (p.138)


Bourriaud, Nicolas. Radicante, por uma estética da globalização. São Paulo: Martins Fontes, 2011.


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